Jogo de ida e volta: o caminho para os pênaltis
O duelo começou na noite de 23 de setembro, na Arena do Maracanã, onde Flamengo saiu na frente ao vencer o Estudiantes por 2 a 1. Os gols de Arrascaeta e Gabigol deixaram o brasileiro com vantagem, mas a vantagem já vinha com um ponto crítico: o gol de fora de casa marcado por Gabriel Barbosa. O técnico do time carioca já deixava claro que, apesar da vitória, a partida fora de casa seria um teste de nervos.
Na volta, realizada em La Plata, a atmosfera era de pura tensão. O Estudiantes, precisando apenas empatar o placar agregado, dominou as primeiras investidas e, aos 45 minutos do primeiro tempo, Gastón Benedetti encontrou o fundo da rede, virando o jogo para 1 a 0. O gol anulou a vantagem inicial do Flamengo e levou o duelo para o fim dos 90 minutos com o marcador 2 a 2. O árbitro ainda anulou um segundo gol argentino por impedimento, aumentando ainda mais a frustração dos torcedores locais.
Com o placar empatado, a partida seguiu para a prorrogação, mas nenhuma das equipes conseguiu o gol da vitória. O cenário era inevitável: a decisão seria feita nos pênaltis.
Penáltis decisivos e a reação dos torcedores
A disputa de pênaltis começou com uma sequência de cobranças que deixou a torcida em clima de suspense. O Estudiantes subiu primeiro, com Benedetti cobrando e tendo a bola defendida por Agustín Rossi, que já havia sido alvo de críticas nas semanas anteriores. Em seguida, Gabigol converteu para o Flamengo, colocando pressão sobre os argentinos.
O próximo lance viu Santiago Ascacibar acertar o alvo, mas novamente Rossi fez uma defesa segura, anulando a chance de empatar a série. A sequência continuou com Arrascaeta marcando e o Estudiantes desperdiçando novamente, desta vez com a cobrança de Joaquín Laso que foi pega por Rossi, que já mostrava a confiança perdida pelos críticos.
Aos cinco minutos de esforço, o placar dos pênaltis estava 4 a 2 para o Flamengo, selando a classificação. A explosão de alegria na arquibancada carioca ecoou até La Plata, enquanto os torcedores argentinos, ainda que desapontados, aplaudiram o esforço de seu time.
- Flamengo: Gabigol, Arrascaeta, Rodrigo Caio, Pedro
- Estudiantes: Benedetti (defendido), Ascacibar (defendido), Laso (defendido), Damián
A atuação de Rossi foi o ponto alto da noite. Ele parou duas cobranças decisivas, silenciando quem dizia que sua posição era vulnerável. Nas redes sociais, os torcedores que antes duvidavam passaram a defendê-lo como herói improvável.
Com a vaga garantida, o próximo adversário do Flamengo será o Racing Club, que superou o Vélez Sarsfield na própria rodada de quartas de final. O confronto entre duas equipes de tradição argentina e brasileira promete ser um dos duelos mais intensos da semifinal, colocando em xeque estratégias, táticas e, claro, a resistência física dos atletas.
Para o Estudiantes, a derrota deixou lições fortes. O clube mostrou resistência ao empurrar o Flamengo para os pênaltis, mas a falta de eficácia nas finalizações acabou custando a tão sonhada vaga nas semifinais. O técnico argentino destacou a necessidade de melhorar a concentração nos momentos críticos, especialmente em cobranças de falta e na marcação em situações de bola parada.
O cenário da Libertadores ainda está aberto, mas a experiência do Flamengo em confrontos de alto risco parece ser um fator decisivo. A equipe tem um histórico recente de triunfos em pós-jogo apertado, o que pode influenciar a mentalidade dos jogadores ao encarar o Racing Club. Enquanto isso, a torcida do Flamengo, ainda em festa, já prepara os cantos e os faixas para apoiar o time nas próximas partidas.
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