Jon Jones recusa Aspinall, cita Johnny Walker e mira Stipe Miocic

Quando Jon Jones recebeu a proposta de enfrentar Tom Aspinall – atual campeão interino dos pesos‑pesados – ele respondeu com o mesmo tom de quem recusa uma negociação que não lhe convém: "Sem desrespeito, mas não vou aceitar".

Contexto e a decisão de Jones

O americano, que vem colecionando títulos desde 2011, tem mais uma missão: defender o cinturão contra Stipe Miocic em Nova York no dia 16 de novembro de 2024. A luta, anunciada pela UFC, pode ser a última de Jones antes de pendurar as luvas.

Entretanto, antes de colocar o cinturão em jogo, o campeão pronunciou seu "não" ao britânico ao participar de entrevista ao canal Kevin Iole no YouTube. "Eu não tenho nada a ganhar contra um cara que ainda não provou o seu valor", disse Jones, usando como comparativo o brasileiro Johnny Walker. A analogia pegou porque Walker também tem sido apontado como "exibe tudo, mas entrega pouco" em opiniões de críticos.

Detalhes da recusa a Tom Aspinall

A conversa de Jones com Iole revelou que, inicialmente, ele exigiu uma bolsa “exorbitante” para enfrentar Aspinall. Segundo o jornalista Ariel Helwani, o valor pedido foi tão alto que a própria diretoria do UFC achou improvável de aceitar. Para surpresa de todos, a organização concordou em pagar, mas o americano manteve-se firme e recusou.

O prazo final para a decisão foi até 28 de junho, conforme comunicado interno da UFC. "Se eu aceitar, fico vulnerável a críticas se perder. Se eu recuso, preservo meu legado", declarou Jones numa gravação ao canal Deep Cut, admitindo, ainda, que tem medo de “ficar deprimido” caso seja derrotado.

O próximo duelo com Stipe Miocic em Nova York

A batalha contra Stipe Miocic promete ser um clássico. Miocic, que também já foi campeão dos pesos‑pesados, possui 20 vitórias e apenas duas derrotas – ambas para Jones. A luta será realizada no Madison Square Garden, arena que já recebeu inúmeros momentos históricos do MMA.

Além do título, a disputa tem outra camada emocional: Alex "Poatan" Pereira pediu minuto de silêncio após a morte do irmão de Jones, Arthur Jones, ocorrido em 3 de outubro de 2025. A homenagem foi feita logo após Pereira nocautear Magomed Ankalaev no UFC 320, reforçando a conexão humana por trás da rivalidade.

Reações de UFC, Dana White e demais envolvidos

Reações de UFC, Dana White e demais envolvidos

O presidente da UFC, Dana White, tentou, sem sucesso, convencer Jones a lutar contra Aspinall. "Precisamos de um confronto que seja histórico, mas não podemos colocar alguém em posição de risco desnecessário", explicou White durante coletiva após o UFC 318. O dirigente ainda descartou a ideia de incluir Jones no card da Casa Branca previsto para 4 de julho de 2026 – evento que seria parte das comemorações dos 250 anos da independência dos EUA, sugerido por Donald Trump na época.

Para o público, a atitude de Jones gerou polarização. Torcedores mais conservadores elogiam a estratégia de preservar o legado, enquanto críticos argumentam que um campeão deve enfrentar todos os concorrentes de ordem. "Ele está usando o medo como desculpa", afirmou um analista da ESPN Brasil. Por outro lado, um ex‑treinador de Jones comentou que a exigência de uma bolsa alta poderia ter sido uma jogada para testar o comprometimento da UFC.

Impactos e o futuro do peso‑pesado

Se Jones vencer Miocic, é provável que ele se aposente como o último grande da era "peso‑pesado clássico", abrindo espaço para uma nova geração – talvez Aspinall, Ciryl Gane ou même um retorno de Francis Ngannou, que ainda não mostrou o que faria após sua saída em 2023.

Entretanto, a recusa ao confronto com Aspinall também cria dúvidas sobre a seriedade da fila de sucessão. Promotores estão negociando um possível duelo entre Aspinall e Jairzinho Rozenstruik, mas o calendário apertado pode empurrar o evento para 2025.

O que fica claro é que a decisão de Jones tem ramificações que vão além do octógono: influenciará contratos, branding da UFC e até a forma como futuros campeões encaram negociações de pagamento. Enquanto isso, fãs aguardam ansiosos o duelo de 16 de novembro, que já está sendo chamada de "último confronto épico" nas redes sociais.

Perguntas Frequentes

Por que Jon Jones recusou lutar contra Tom Aspinall?

Jones afirmou que Aspinall ainda não se provou no MMA de elite e que aceitar a luta poderia colocar seu legado em risco. Além disso, ele exigiu um pagamento que considerou alto; embora a UFC tenha aceitado, ele manteve a decisão por questões de reputação e medo de derrota.

Qual a importância da luta entre Jones e Stipe Miocic?

É o último confronto programado para Jones antes de potencialmente se aposentar. Ambos são ex‑campeões dos pesos‑pesados, e a luta define quem deixa o octógono como o último grande da era. O vencedor também controla quem será o próximo desafiante imediato da UFC.

Como a morte do irmão de Jon Jones impactou o clima no MMA?

A morte de Arthur Jones trouxe uma camada de pesar ao cenário. Alex ‘Poatan’ Pereira pediu minuto de silêncio, mostrando solidariedade entre os atletas. O episódio pode influenciar a decisão de Jones sobre a continuação da carreira, já que ele mencionou precisar de apoio familiar.

O que aconteceria se Jones aceitasse a luta contra Aspinall?

Um triunfo consolidaria ainda mais seu domínio, mas uma derrota abriria caminho para uma nova geração, possivelmente colocando Aspinall como o próximo titular. Financeiramente, a UFC teria investido alto no pagamento, o que poderia influenciar futuras negociações de salários.

Qual a data e o local exato da disputa entre Jones e Miocic?

A luta está marcada para 16 de novembro de 2024, no Madison Square Garden, em Nova York, nos Estados Unidos. O evento será transmitido ao vivo pelos canais de pay‑per‑view da UFC.

Existem 1 Comentários

  • Miguel Barreto
    Miguel Barreto

    Jon Jones tem sido o padrão de excelência nos pesos‑pesados desde 2011, acumulando múltiplos cinturões e defesas que poucos conseguem alcançar.

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