Na terça-feira, 18 de novembro de 2025, às 16h30 (horário de Brasília), a Seleção Brasileira encerra sua agenda de 2025 com um amistoso contra a Tunísia no Decathlon Stadium, em Lille, França. O jogo, que marca a oitava condução do técnico italiano Carlo Ancelotti à frente da equipe, é mais do que um simples teste — é o último sopro de ar antes da definição da base para a Copa do Mundo 2026. E o clima dentro do grupo é de pressão, mas também de expectativa. Brasil vem de vitória por 2 a 0 sobre o Senegal, em Londres, e quer fechar o ano com autoridade. A Tunísia, por sua vez, chega com um currículo impressionante: nove vitórias e um empate nas Eliminatórias Africanas, sem sofrer um único gol. Nada mal para uma equipe que nunca passou da fase de grupos em Copa do Mundo — mas que agora tem tudo para surpreender.
Escalções e apostas de Ancelotti
Carlo Ancelotti confirmou duas mudanças na escalação em relação ao jogo contra o Senegal. Wesley assume a lateral direita, substituindo o lesionado Gabriel Magalhães, enquanto Éder Militão volta à zaga ao lado de Marquinhos. A formação prevista: Ederson; Wesley, Éder Militão, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro e Bruno Guimarães; Estêvão, Matheus Cunha, Vini Jr e Rodrygo. No segundo tempo, Vitor Roque e Fabinho devem entrar — mais uma tentativa de Ancelotti de testar combinações antes da decisão final. Ele foi claro: "Na próxima Data Fifa, em março de 2026, a intenção será convocar praticamente o grupo que ele pretende levar para a Copa do Mundo". Ou seja: este é o último cartão de visita para jogadores como Estêvão, Matheus Cunha e até mesmo Vitor Roque, que ainda lutam por espaço.A Tunísia: o time que não sofre gols — e não tem medo de ninguém
Enquanto o Brasil concentra a atenção no talento individual, a Tunísia brilha pela coletividade. Sob o comando do técnico Sami Trabelsi, que venceu oito dos dez jogos à frente da equipe, os tunisianos foram imbatíveis nas eliminatórias. Nove vitórias, um empate, zero gols sofridos. Isso não é acidente. É método. O meio-campo é o coração desse time: Hannibal Mejbri, do Burnley, e Ellyes Skhiri, do Eintracht Frankfurt, formam uma dupla de pressão e recuperação que já enfrentou os maiores times da Premier League. "São um par de guerreiros no centro do campo", analisou a NBC Sports. "A Tunísia não vive de estrelas. Vive de unidade." A escalação esperada: Aymen Dahmen; Yan Valery, Montassar Talbi, Dyaln Bronn e Ali Abdi; Ellyes Skhiri; Amor Layouni, Hannibal Mejbri; Ismael Gharbi e Elias Saad; Hazem Mastouri. Nenhum nome de grande clube europeu entre os titulares? Errado. Mejbri e Skhiri são referências. E o técnico sabe que, contra o Brasil, o jogo será de contenção, contra-ataque e disciplina tática. Não é um time que vai buscar o jogo, mas que vai fazer o Brasil sofrer para vencer.Por que Lille? E por que agora?
O Decathlon Stadium, com capacidade para 50.186 pessoas, é um dos estádios mais modernos da Europa. Localizado a 220 km de Paris, foi construído para a Euro 2016 e já sediou jogos decisivos da UEFA. Mas por que escolher Lille? A resposta é prática: o clima europeu, a logística para os jogadores da Europa e a distância segura da pressão midiática brasileira. Ancelotti quer isolamento. Quer foco. Quer que os jogadores vivam o ambiente de um Mundial — sem o barulho do Brasil. E isso explica também o próximo passo: em março de 2026, a Seleção só voltará a campo nos Estados Unidos, contra França e Croácia. "É o desejo da comissão técnica", confirmou a ESPN. "Enfrentar rivais europeus de ponta é o último ajuste antes da Copa."O que está em jogo além do placar
Este jogo não define classificação. Mas define identidade. Para o Brasil, é a chance de ver quem realmente se encaixa no sistema de Ancelotti. Quem tem a mentalidade de vencedor. Quem não se assusta com a pressão de uma final. Para a Tunísia, é uma oportunidade rara: jogar contra o maior nome do futebol mundial, em um estádio europeu, diante de uma torcida que, mesmo sendo minoria, estará lá para aplaudir a coragem. E para os torcedores, é o último vislumbre da Seleção antes da era 2026. Nenhum jogo oficial. Nenhuma Copa. Só este amistoso. E depois, o silêncio até março.
Transmissão e como assistir
No Brasil, o jogo será transmitido ao vivo pela TV Globo (canal aberto), SporTV (canal fechado) e GE TV (streaming no YouTube). Para os brasileiros nos Estados Unidos, a beIN Sports USA tem os direitos. A arbitragem ainda não foi divulgada — e isso é raro. Normalmente, a FIFA anuncia os árbitros com semanas de antecedência. O silêncio sobre isso levanta suspeitas: será que há alguma tensão diplomática? Ou foi apenas um erro administrativo? As fontes consultadas não informaram nomes para árbitro principal, assistentes ou VAR. "Não divulgado" foi a resposta padrão. Estranho, mas não impossível.Previsão e análise técnica
A NBC Sports prevê vitória brasileira por 3 a 1. "A qualidade ofensiva do Brasil é superior", diz o texto. "Mas a Tunísia vai fazer o jogo mais difícil possível. O Brasil precisa de um placar expressivo para mostrar que está pronto." Especialistas apontam que o ponto de virada pode ser o meio-campo. Se Casemiro e Bruno Guimarães dominarem o centro, o Brasil abre espaço para Vini Jr e Rodrygo. Mas se Skhiri e Mejbri conseguirem cortar as linhas de passe, a Seleção pode sofrer com a pressão. A Tunísia não precisa vencer. Só precisa fazer o Brasil sofrer. E isso, às vezes, é mais valioso do que um gol.Frequently Asked Questions
Por que este amistoso é tão importante para a Seleção Brasileira?
É o último teste antes da definição da base para a Copa do Mundo 2026. Carlo Ancelotti já disse que o grupo convocado em março de 2026 será quase idêntico ao da Copa. Jogadores como Estêvão, Matheus Cunha e Vitor Roque estão na corda bamba. Este jogo é a última chance de mostrar que merecem vaga entre os 26. A pressão é alta, e a concorrência, acirrada.
Como a Tunísia conseguiu se classificar sem sofrer gols?
A Tunísia teve uma campanha histórica nas Eliminatórias Africanas: 93,3% dos pontos possíveis (9 vitórias, 1 empate em 10 jogos) e zero gols sofridos. O segredo está na organização defensiva, com zagueiros como Montassar Talbi e o volante Ellyes Skhiri como pivô de recuperação. O sistema é compacto, com alta pressão e poucos espaços. É um time que joga como um só, não como indivíduos.
Por que o Brasil vai jogar na França e não no Brasil?
A comissão técnica quer simular o ambiente da Copa do Mundo: clima europeu, fusos horários, viagens longas e menos pressão da mídia brasileira. Jogar em Lille, longe da torcida e da expectativa local, permite que os jogadores se concentrem apenas no jogo. Além disso, muitos jogadores atuam na Europa — é mais fácil para eles se reapresentarem aqui.
Quem são os jogadores-chave da Tunísia?
Hannibal Mejbri, do Burnley, e Ellyes Skhiri, do Eintracht Frankfurt, são o coração da equipe. Ambos têm experiência na Premier League e na Bundesliga, e sabem lidar com pressão de jogos grandes. Mejbri é técnico e criativo; Skhiri é físico e disruptivo. Juntos, formam uma dupla que pode incomodar Casemiro e Bruno Guimarães. Se eles dominarem o centro, a Tunísia pode surpreender.
O que acontece após este jogo?
A Seleção Brasileira só voltará a campo em março de 2026, com dois amistosos nos Estados Unidos contra França e Croácia. Esses jogos são estratégicos: enfrentar rivais europeus de alto nível é o último ajuste antes da Copa. A ideia é testar a equipe em condições reais de jogo internacional, com clima e adversários que se aproximam do que se espera na Copa do Mundo.
A arbitragem ainda não foi anunciada. Isso é normal?
Não é comum. A FIFA normalmente divulga os árbitros com semanas de antecedência, especialmente em jogos entre seleções de alto nível. O fato de não haver informação sobre árbitro, assistentes ou VAR levanta questões. Pode ser um erro administrativo, mas também pode indicar alguma tensão diplomática ou logística. A ausência de transparência é incomum e chamou a atenção de analistas.
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